Lupicínio e a serenata no cemitério

                         O saxofonista Marino, o violonista Boquinha, o cantor Sadi Nolasco, os pianistas Paulo Coelho e Alcides Gonçalves, Lupicínio Rodrigues e Hamilton Chaves, formavam, nos anos 30, uma turma inseparável. Nas folgas do trabalho do Café Colombo e Rádio Farroupilha, caíam na malandragem, fazendo serenatas inesquecíveis. Algumas terminavam às 8 da manhã, em pleno centro de Porto Alegre. 
Uma vez este mesmo grupo resolveu fazer uma serenata para um amigo que havia morrido alguns dias antes. Era meia-noite, e foram até o cemitério. Pularam o portão e foram até o túmulo do amigo, onde cantaram todos. Depois, na saída, é que tiveram a grande surpresa: uma viatura da polícia esperava os seresteiros com as portas abertas, e um dos guardas convidava educadamente: "Cavalheiros, vamos entrando por favor ...". 



 

Pixinguinha e uma prova de amor

                         Em 1972, a esposa de Pixinguinha, Dona Beti, ficou doente e foi internada no hospital, em condições nada boas. Em casa, em companhia do filho ( adotivo ) Alfredo, da nora e dos netos, sentia muita falta da companheira de 45 anos de convivência. Examinado pelos médicos, foi determinada também a sua internação. " Beti não pode saber disso " foi a condição estabelecida para ser internado. E D. Beti nunca soube que seu marido estava também doente, e internado no mesmo hospital. Aos domingos, na hora da visita, Pixinguinha trocava o pijama pelo terno, e subia 2 andares para visitar " sua mulher. Ela morreu no dia 7 de julho sem saber o que acontecia com o marido. 


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