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AMIGOS EM SERESTA... Oriza Martins Home Page What about a brazilian music? more! Que tal curtir um som de seresta brasileira, enquanto navega? Ouça outras! |
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Durante os
dois primeiros séculos de colonização - séculos
XVI e XVII, o que se ouvia em termos de música no Brasil constituía-se,
além dos cânticos religiosos, nos cantos de danças
rituais indígenas, nos batuques dos africanos, quase sempre também
rituais, e nas cantigas dos europeus colonizadores. Os cantos indígenas
costumavam ser acompanhados por instrumentos de sopro, como flautas e apitos,
e por maracás e bate-pés. Nos cantos dos africanos, eram
utilizados tambores, atabaques, marimbas, palmas, xequerés e ganzás.
A música dos europeus, por sua vez, ainda continha ecos dos gêneros
medievais: serranilhas, xácaras, coplas e romances. A interinfluência
desses gêneros, concomitante com o desenvolvimento do
processo de heterogeneização da população (mistura
de raças, formação de novas classes sociais, etc.)
mostrou-se expressiva a partir de meados do século XVIII, fazendo-se
representar pelas modinhas e lundus.
De fato, por cerca de um século a modinha havia realmente sido a música de salão predileta dos compositores clássicos de Brasil e Portugal . No entanto, por volta de 1830, sua repopularização já vinha sendo promovida pelos poetas românticos que escreviam versos musicados não por músicos eruditos, mas por simples tocadores de violão e, assim, as composições ganharam as ruas ao som de violões e seresteiros anônimos. Grandes poetas românticos, no Rio de Janeiro, como Laurindo Rabelo, Gonçalves de Magalhães, Casimiro de Abreu e Gonçalves Dias, costumavam reunir-se na loja do livreiro e também compositor Paula Brito, passando a compor versos que eram musicados por esses simples músicos do povo. Seu prestígio influenciou figuras da própria elite a se lançarem autores de modinhas, como o Visconde de Ouro Preto, o historiador Melo Moraes Filho (avô do nosso querido poetinha Vinícius de Morais) e o poeta pernambucano Plínio de Lima. Em pouco tempo, (conforme publicado na obra Donga e os Primitivos), "os seresteiros podiam contar com modinhas como a famosa A casa branca da serra, que em 1880 Guimarães Passos compôs e cantou numa memorável noite de boêmia(...)” . |
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