Com a palavra Roberto Mahn,  Seresteiro de Piracicaba

            Assim, já me apresentei em 3 ocasiões na “Noite de Seresta”, cantando alguns sambas clássicos de Noel (como “Com que Roupa”, “O Orvalho vem caindo”, “Até Amanhã”), Ataulfo Alves (“Leva Meu Samba”, “Na Cadência do Samba”, “Ai que Saudades da Amélia”), Lupicínio Rodrigues (“Se Acaso Você Chegasse”), Ismael Silva (“Se Você Jurar”), Adoniran Barbosa (“Trem das Onze”, “Saudosa Maloca”), entre outros. Também já entoei sambas-canção diversos, como “Cadeira Vazia”, “A Volta do Boêmio”, “Serra da Boa Esperança”, “Meus Tempos de Criança”, etc. Meu nome já esteve duas vezes nos jornais da cidade e também nas rádios municipais (Educativa FM, por exemplo). Pra mim, a seresta é uma fonte inesgotável de boa música, enfim, de cultura. Adoro ouvir e cantar seresta, é uma das melhores coisas que faço na minha vida. Admiro muitos seresteiros piracicabanos que se apresentam na Rua do Porto, como Fábio Monteiro, Toninho Marchini, Zezé Adamoli, e meu ídolo, o grande e único Antonio Carlos Fioravante, o Bolão, com quem já tive a honra de dividir o palco interpretando algumas canções. 

            Também gosto de freqüentar o “Bar Quatizinho, a Casa da Seresta”. Muitos violonistas e seresteiros da cidade freqüentam o local nas sextas-feiras, e eu juntamente com eles e um grupo de pessoas que vão lá para assistir, varamos a madrugada na seresta. 

            Ouvindo todos esses relatos, você pode pensar que eu sou um jovem que não tem amigos da sua idade, mas isso não é verdade. Tenho, graças a Deus, muitos amigos e uma namorada de 17 anos. Quando vou me apresentar na “Noite de Seresta”, faço questão de levar meus amigos e minha namorada pra me assistirem e fazerem parte desses momentos nobres da minha vida. Eles vão lá, me dão o maior apoio. Um amigo meu, Xandão, que tem 17 anos, é um excelente tocador de cavaquinho, e eu e ele temos feito algumas apresentações na cidade, bem como em asilos para agradar os idosos. Ainda pretendemos recrutar muitos outros instrumentistas para incrementar nossas apresentações, e futuramente teremos, se Deus quiser, um grupo de seresta. 
 

ROBERTO MAHN - Seresteiro com orgulho

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