Uma paixão de matar
Domingos Correia foi um seresteiro do início do século 20.
Segundo alguns historiadores, ele era baixinho, branco, e tinha uma cabeça
enorme, o que lhe valeu o apelido de "Boneco". Talvez sua figura um tanto
grotesca não ajudasse muito quando se tratava de conquistas amorosas.
Um dia, o
poeta apaixonou-se por Arminda Santos, uma jovem atriz pernambucana, porém
sua paixão não era correspondida. Entristecido, Domingos
Correia terminou por se suicidar, ingerindo um copo do desinfetante Lisol,
no dia 6 de maio de 1912, numa casa de chope do Rio de Janeiro.
Domingos
Correia não era compositor, então fez uns versos tristíssimos
em cima de uma valsa, também muito triste, conhecida por "Saudade
Eterna", do violonista Santos Coelho, renomeando-a como "Flor do
Mal", onde expõe sua frustrada paixão por Arminda:
"Oh! Eu me recordo ainda
desse fatal dia
em que tu me disseste, Arminda,
indiferente e fria,
eis do meu romance o fim..." |