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Meados
do século XIX: nessa época, teve grande significado
a figura de Xisto Bahia (1841-1894) , um compositor baiano
autodidata, de origem popular que, sendo também ator de teatro,
serviu como intermediário entre a cultura popular e a da classe
média, interpretando modinhas suas e alheias, de maneira especial.
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Seu prestígio influenciou
figuras da própria elite a se lançarem autores de modinhas,
como o Visconde de Ouro Preto, o historiador Melo Moraes Filho (avô
do nosso querido poetinha Vinícius de Morais) e o poeta pernambucano
Plínio de Lima. Em pouco tempo, (conforme publicado na obra Donga
e os Primitivos), "os seresteiros podiam contar com modinhas como a
famosa A casa branca da serra, que em 1880 Guimarães
Passos compôs e cantou numa memorável noite de boêmia(...)”
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Xisto Bahia também compunha
inspirados lundus, mas, aos poucos, foi caindo no esquecimento, porque
as velhas modinhas e lundus vinham cedendo espaço a novos ritmos.
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Quando, porém, em 1902,
a Casa Edison começou a gravar os primeiros discos (antes eram usados
cilindros), seu lundu Isto é bom, interpretado
pelo cantor Baiano, foi a música escolhida para inauguração
do novo processo.
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